Thursday, December 13, 2007

História e Desamor



O peso da história
O humano comete abusos contra os animais desde os primórdios da humanidade e o sofrimento animal é a conseqüência de milênios de atitudes discriminatórias. No mundo ocidental, em particular, os animais não humanos são tradicionalmente vistos como coisas aserem exploradas, frente à maior indiferença em relação a seus interesses.

Esta atitude se tornou corriqueira pelo menos depois que Aristóteles afirma que os animais foram feitos para que os usássemos, e, em seguida, foi apoiado por uma perspectiva religiosa fundamentalmente centralizada no homem. Esta culmina, no século XVII, na doutrina de Descartes, segundo a qual os animais são apenas autômatos, incapazes de pensar e de sentir dor.

E apenas no século passado apareceram os primeiros sinais de um movimento político a favor dos animais. Mas a história da defesa animal mostra até que ponto este protesto nem ousa levar realmente a sério os interesses dos animais, conservando-se essencialmente sentimentalista.

Apenas em 1975 foi lançado um ataque sistemático e inteligível contra os fundamentos da exploração dos animais não humanos, com o aparecimento do livro «Animal Liberation» de Peter Singer, que teve uma grande repercussão e suscitou num debate imediato, apoiando a tese revolucionária que somente uma forma de descriminação arbitrária nos permitiu, até nossos dias, não amplificarmos o princípio de igualdade dos humanos aos outros animais.

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