Meu pai!

Falar de amor muitas vezes significa falar daquele sonho em que você deu de si,investiu,acreditou,embora quando se trata do coração das pessoas,tudo se torna diferente...Nós desejamos ser amados mas nem sempre o nosso amor pertence ao coração das pessoas,e isso muitas vezes é uma questão de esperar o tempo do amor,sim porque até esse tempo,o tempo em que o amor ficou latente,imanifesto,pode ser um grande presente e aprendizado em nossas vidas.Lição que somente o desamor pode ensinar porque ofusca o amor que estava escondido,ignorado,abandonado,desconsiderado.
Aprendi a amar o meu pai a partir do próprio desamor que sentia por mim mesma,diante do vazio que eu sentia ,despertei para as necessidades dele,que antes se passavam despercebidas para o meu coração.Aprendi com o desamor, o quanto o amor pode ser maravilhoso,o quanto sentir vale a pena quando se realmente quer,quando se busca melhorar,ser feliz,transcender,reconhecer o outro naquilo que não pudemos ser,reconhecer o outro que um dia nós fomos e não nos demos conta.Reconhecer o amor que se tornou um estranho...Reconhecer a vida que nunca renunciou a nos fazer crescer,todos os dias,seja com dor ou felicidade,bem aventurança ou pesar...abandono ou dedicação...é essa a vida que busco,a vida dos que amo dentro da vida da minha vida...é assim que sinto você,meu pai,alguém que também me ensinou a amar...